Rússia executa maior ataque aéreo da guerra e atinge sede do governo ucraniano

Foto: REUTERS/Thomas Peter
Em um novo nível de escalada, a Rússia deflagrou, na madrugada deste domingo (7 de setembro), o maior ataque aéreo desde o início do conflito com a Ucrânia. Foram lançados mais de 800 drones e 13 mísseis, dos quais as defesas ucranianas interceptaram a maioria — 751 drones e 4 mísseis —, conforme informado pela Força Aérea de Kiev.
A ação resultou em um marco simbólico e trágico: pela primeira vez desde 2022, o prédio principal do governo da Ucrânia, sede do Gabinete de Ministros em Kiev, foi atingido, sofrendo danos no telhado e nos andares superiores, e pegou fogo. A primeira-ministra Yulia Svyrydenko confirmou o ataque e disse: “Podemos restaurar os edifícios, mas não recuperar as vidas perdidas”.

O ataque deixou um rastro de destruição: ao menos quatro civis foram mortos — entre eles um bebê e uma jovem — e dezenas de pessoas ficaram feridas. Incêndios atingiram edifícios residenciais nos distritos de Darnytskyi e Sviatoshynskyi, além de áreas como Zaporíjia, Dnipro, Kremenchuk e Odesa.
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O presidente Volodymyr Zelenskyy classificou o ataque como “crime deliberado” e pediu ações fortes da comunidade internacional, incluindo sanções mais duras e reforços de defesa aérea. O primeiro-ministro também alertou que o ataque mina as esperanças de negociação e sublinha a falta de vontade de paz por parte de Moscou. Líderes europeus, como Macron e Starmer, condenaram o ataque e prometeram apoio reforçado à Ucrânia
