Bolsonaro deixa prisão domiciliar e é hospitalizado após sofrer mal-estar

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Fabio Rodrigues. Pozzebom/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, deixou nesta terça-feira (16 de setembro) sua prisão domiciliar para ser internado no Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar um quadro de mal-estar que inclui soluços intensos, vômitos e queda de pressão, segundo informações divulgadas por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.
O que se sabe do estado dele
A situação foi grave o bastante para que agentes da Polícia Penal, que fazem a vigilância em sua residência, o acompanhassem até o hospital. Flávio Bolsonaro informou que o pai teve uma forte crise de soluço, associada a vômitos e pressão baixa.
Além disso, na última semana Bolsonaro já tinha passado por procedimento médico para retirar lesões de pele, exame laboratorial e imagem, os quais identificaram anemia por deficiência de ferro e sinais de pneumonia residual.
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Prisão domiciliar e contexto judicial
Desde 4 de agosto de 2025, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A medida faz parte do processo em que ele, juntamente com outros réus, foi condenado pela Primeira Turma do Supremo a 27 anos e três meses de prisão, pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
A decisão que autorizou a prisão domiciliar prevê que Bolsonaro possa deixar o regime de casa em casos de emergência médica, desde que apresente atestado ou laudo justificando o atendimento e informe ao STF no prazo de 24 horas.
Reações e desdobramentos
A ida ao hospital não representa, até o momento, descumprimento das medidas judiciais impostas. Sua equipe médica e advogada deverão encaminhar o laudo correspondente ao STF para formalizar o atendimento e evitar que a prisão domiciliar seja substituída por regime fechado.
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Parlamentares e familiares relataram preocupação com o estado de saúde de Bolsonaro, destacando que ele está visivelmente fragilizado, com relatos de que a alimentação está mais difícil, episódios frequentes de mal-estar, e persistência de soluços.
Histórico médico
Bolsonaro já vem enfrentando problemas de saúde há vários anos, em grande parte relacionados ao atentado sofrido durante sua campanha de 2018, quando foi esfaqueado. Desde então, foram realizadas múltiplas cirurgias — inclusive procedimentos intestinais, correções, etc. Portanto, esse novo mal-estar se insere em um histórico de fragilidade.
