Ucrânia ataca Rússia com drones e provoca incêndio em usina nuclear

Na última quinta (21), um ataque aéreo russo atingiu prédios em Mukachevo, na Ucrânia. Foto: @Zakarpat_ODA/AFP
Neste domingo (24), data em que a Ucrânia celebra sua independência, uma escalada de ataques a drones marcou o conflito com a Rússia. Um dos dispositivos ucranianos foi abatido sobre a Usina Nuclear de Kursk, no oeste do país, provocando um incêndio ao atingir um transformador auxiliar. A usina confirmou que as chamas foram controladas sem vítimas e que os níveis de radiação permanecem normais, apesar da capacidade do reator 3 ter sido reduzida pela metade. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reforçou que instalações nucleares devem ser protegidas “a todo momento” e monitorou que não houve aumento nos níveis de radiação.
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Paralelamente, outros drones ucranianos foram interceptados em diversas regiões russas, incluindo perto de São Petersburgo e no porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia. No terminal de combustíveis da Novatek, fragmentos de drones derrubados iniciaram um incêndio, representando um golpe contra infraestrutura econômica estratégica do país.
Em retaliação, a Ucrânia também foi alvo de uma ofensiva russa: a força aérea ucraniana relatou o lançamento de 72 drones kamikaze Shahed e um míssil balístico. Cerca de 48 drones foram derrubados. Infelizmente, um dos ataques causou uma morte — uma mulher de 47 anos na região de Dnipropetrovsk.
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A intensificação dos ataques ocorre em meio a tentativas diplomáticas de pacificação. Os Estados Unidos, por meio do enviado especial Keith Kellogg, e o Canadá reforçaram apoio militar, enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, defendeu a força do país e afirmou que a paz só será alcançada pela sua soberania. Autoridades russas e ocidentais continuam pressionando por negociações, mas a violência persistente agrava o impasse.
