Número cresce e Fortaleza já tem mais de 200 áreas de risco mapeadas

 Número cresce e Fortaleza já tem mais de 200 áreas de risco mapeadas

Crescimento desordenado e políticas insuficientes para populações vulneráveis contribuem para aumento das áreas de risco. Foto: Fabiane de Paula.

A cidade de Fortaleza já acumula mais de 200 áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil de Fortaleza (DCFor).

O levantamento, ainda em fase inicial, abrange aproximadamente metade da cidade — seis das 12 regionais foram vistoriadas até agora. As primeiras visitas ocorreram nas Regionais 4, 7 e 9; a segunda etapa, nas 6, 8 e 10.

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Segundo a DCFor, anteriormente o número de áreas de risco estava “congelado”: eram 89 identificações desde 2012; em 2023, depois de uma reavaliação, caiu para 66. Mas com o mapeamento atual, esse número mais que triplicou — alcançando os 200 territórios vulneráveis.

Os riscos mapeados envolvem alagamentos, inundações, deslizamentos e outras ocorrências ligadas a chuvas ou falhas de infraestrutura.

O trabalho de mapeamento foi iniciado em setembro e está previsto para durar cerca de 18 meses, com conclusão estimada para 2027.

A expectativa da gestão pública, com a conclusão do levantamento, é lançar diagnósticos detalhados que permitam formular políticas de mitigação — com projetos de infraestrutura, drenagem, prevenção e ações específicas para cada área de risco.

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De acordo com o responsável pela Defesa Civil, Haroldo Gondim, a rápida expansão urbana, especialmente em setores como Planalto Ayrton Senna e Granja Lisboa, com ocupação crescente e desordenada, pode ser uma das razões para a multiplicação das áreas de risco.

Especialistas do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan) reforçam a necessidade de um diagnóstico preciso para que as intervenções tenham eficiência e evitem crises futuras.