Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete recorde de mínima
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
O Brasil atingiu novo momento marcante no mercado de trabalho: a taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6 %, repetindo o menor patamar já registrado desde o início da série histórica da PNAD Contínua (2012). Essa cifra mantém o índice no mesmo nível observado no trimestre encerrado em julho e representa queda ante os 6,2 % do trimestre anterior e os 6,6 % do mesmo período de 2024.
Em números absolutos, isso equivale a cerca de 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde o início da série, com retração de 9,0 % em relação ao trimestre até maio e de 14,6 % frente ao mesmo período de 2024. O número de ocupados segue em expansão, alcançando 102,4 milhões de pessoas, um avanço de 1,8 % no comparativo anual.
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Um dos destaques está no emprego formal: o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,1 milhões, o maior valor da série histórica. O setor privado como um todo atingiu 52,6 milhões de empregados.
No lado dos rendimentos, o rendimento médio real habitual ficou em R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior e com alta de 3,3 % comparado ao mesmo período de 2024. A taxa composta de subutilização, que considera desempregados, subocupados e pessoas que desistiram de buscar emprego, ficou em 14,1 %, repetindo também o menor nível da série desde 2012.
Especialistas veem esses resultados como um reflexo da resistência do mercado de trabalho, mesmo com pressões econômicas como juros elevados e desaceleração do ritmo de crescimento. Por outro lado, apontam desafios: manter esse desempenho exige políticas que apoiem regiões mais vulneráveis, setores com sazonalidade e redução da informalidade.
