11/09: ataque a Torres Gêmeas completa 24 anos com mais de mil vítimas não identificadas
Ao todo, 2.977 pessoas de mais de 90 nacionalidades foram mortas durantes os atentados e mais de 7 mil ficaram feridas | Foto: Wikimedia Commons
Há 24 anos, o mundo assistia, em choque, a um dos episódios mais trágicos da história contemporânea. Em 11 de setembro de 2001, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos e os transformaram em armas contra alvos simbólicos do país. Quase 3 mil pessoas foram assassinadas e mais de 7 mil ficaram feridas.
As cenas de horror começaram às 8h46, quando o voo 11 da American Airlines se chocou contra a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York. Dezessete minutos depois, o voo 175 da United Airlines atingiu a Torre Sul. Pouco mais de meia hora depois, às 9h37, o voo 77 da American Airlines colidia contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington. Já o voo 93, que tinha como alvo a Casa Branca ou o Capitólio, caiu em um campo na Pensilvânia após passageiros reagirem e enfrentarem os sequestradores.
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As consequências foram devastadoras: 2.753 pessoas morreram em Nova York, 184 no Pentágono e 40 na queda do voo 93. Entre as vítimas estavam crianças – incluindo uma menina de dois anos que viajava com os pais para a Disneyland – e idosos, como um homem de 85 anos que ia para o casamento do filho. O ataque também deixou centenas de bombeiros e socorristas entre os mortos.
Busca por Identificação das Vítimas Continua
Mesmo após mais de duas décadas, o trabalho de identificação das vítimas não acabou. O Gabinete do Médico Legista-Chefe de Nova York informou que 1,1 mil restos mortais recuperados dos escombros das Torres Gêmeas ainda aguardam identificação. Graças a avanços no sequenciamento de DNA, 25 identidades foram confirmadas nos últimos anos.
As vítimas mais recentemente identificadas foram Ryan Fitzgerald, um corretor de moedas de 26 anos, Barbara Keating, de 72, que viajava no voo 11, e uma terceira vítima cuja identidade permanece sob sigilo a pedido da família.
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“Cada nova identificação é uma forma de honrar os que se foram e dar respostas às famílias. Continuamos esse trabalho incansavelmente, apesar do tempo que já passou”, afirmou Jason Graham, médico-legista-chefe de Nova York.

Origem e Investigação
As investigações confirmaram que 15 dos sequestradores eram da Arábia Saudita, dois dos Emirados Árabes Unidos, um do Egito e um do Líbano. Eles entraram nos EUA ao longo de 2000 e 2001 e, em alguns casos, chegaram a fazer cursos de pilotagem para executar o plano.
O nome de Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, rapidamente foi apontado como mentor intelectual do ataque. Já incluído na lista dos 10 fugitivos mais procurados pelo FBI por outros atentados, bin Laden se tornou o alvo número 1 do governo norte-americano e foi morto em 2011, durante uma operação das forças especiais dos EUA no Paquistão.
O 11 de Setembro segue sendo um marco que mudou a política de segurança, a geopolítica e a percepção global sobre terrorismo, além de provocar guerras e intervenções que se estenderam por anos no Oriente Médio.
