Governo do Ceará investe R$ 1,64 milhão em tecnologia anti-drone para reforçar segurança nos presídios

Policiais penais em treinamento para evitar o uso de drones por criminosos para entrega de material ilícito em unidades prisionais. Foto: Divulgação/SAP
O Governo do Ceará anunciou, nesta quinta-feira (4), a aquisição de um moderno sistema de inteligência destinado a combater o uso de drones para entrega de objetos ilícitos nas unidades prisionais do estado. O investimento, no valor de R$ 1,64 milhão, foi formalizado pela Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).
De acordo com o documento, o uso de drones para transportar drogas, celulares e outros materiais para dentro das penitenciárias tem se tornado cada vez mais frequente, principalmente no período noturno. “Essas ações representam um risco grave à segurança e à ordem no sistema prisional, exigindo respostas rápidas e eficazes”, destaca a justificativa oficial.
Equipamento de resposta imediata
O equipamento, conhecido como “kit anti-drone de imediata resposta”, é fabricado pela australiana DroneShield e, no Ceará, é fornecido exclusivamente por uma empresa localizada no bairro Papicu, em Fortaleza.
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O governo optou pela contratação direta, sem licitação, alegando inexigibilidade, ou seja, não há concorrência possível para o serviço, uma vez que este é o único bloqueador de sinais com homologação válida pela Anatel (nº 10728-21-14065) – requisito obrigatório para uso em penitenciárias e instituições de segurança.
Números em alta
Somente em 2025, policiais penais já derrubaram 19 drones que sobrevoavam os presídios cearenses — mais que o dobro do total de 2024, quando oito aparelhos foram interceptados.
Prisões recentes
Um caso recente reforçou a necessidade de reforço no monitoramento: no dia 1º de agosto, quatro adultos foram presos e um adolescente apreendido enquanto controlavam um drone sobre a Unidade Prisional Itaitinga 3, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Com o novo sistema, o Governo do Ceará espera aumentar a capacidade de resposta e reduzir os riscos de entrada de ilícitos no sistema prisional.
