PMs acusados pela Chacina do Curió são condenados a 591 anos de prisão

11 pessoas foram assassinadas e outras seis feridas sobreviveram ao ataque ocorrido há quase 10 anos. Foto: Movimento Mães do Curió Lutam por Justiça/Facebook/Reprodução
Após quase 45 horas de julgamento, os policiais militares Marcílio Costa de Andrade e Luciano Breno Freitas Martiniano foram condenados a penas somadas de 591 anos de prisão pelos homicídios, tentativas de homicídio e tortura ocorridos na madrugada de 11 para 12 de novembro de 2015, na Grande Messejana, Fortaleza.
Marcílio foi considerado o mentor da chacina, articulando a presença dos agentes no local. Ele recebeu penas que totalizam 315 anos, 11 meses e 10 dias, incluindo 242 anos pelos homicídios, 14 anos e 8 meses por cada tentativa de homicídio e 7 anos e 5 meses por cada ato de tortura. Luciano Breno foi condenado a 211 anos pelos homicídios, além de penas por tentativas de homicídio e tortura.
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O julgamento faz parte de um processo que já resultou na condenação de outros 27 policiais militares, com penas que somam mais de 1.100 anos de prisão. Além disso, o ex-PM Antônio José de Abreu Vidal Filho, condenado a 275 anos e 11 meses, foi preso nos Estados Unidos e aguarda extradição.
A Chacina do Curió, considerada a maior violência policial da história do Ceará, resultou na morte de 11 pessoas e deixou outras seis feridas. O caso gerou mobilização de movimentos sociais, como o Mães do Curió, que continuam a lutar por justiça e por políticas públicas que garantam a segurança e os direitos humanos na periferia de Fortaleza.
