Polícia prende suspeito e identifica envolvidos no assassinato de ex-delegado-geral de SP

Delegado Ruy Ferraz Fontes, enquanto titular do 27º DP (Distrito Policial), no Campo Belo. Imagem: Marco Ambrosio/Frame/Folhapress.
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi assassinado em uma emboscada no último dia 15 de setembro, em Praia Grande, no litoral paulista. Fontes, que atualmente ocupava o cargo de secretário de Administração da prefeitura do município, seguia de carro quando foi perseguido por criminosos armados de fuzil. Após uma colisão com um ônibus, o veículo em que estava foi alvejado diversas vezes. O crime, executado com alto grau de planejamento e violência, está sendo tratado pelas autoridades como uma execução ligada ao crime organizado, com forte suspeita de participação do PCC, facção que Fontes combateu durante sua carreira na polícia.
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As investigações avançaram nesta semana e já resultaram na prisão de Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”, apontado como integrante do PCC responsável por auxiliar na logística da execução. Também foi presa uma mulher identificada como Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, suspeita de transportar o fuzil usado no ataque. Ambos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça a pedido da Polícia Civil.
Além das prisões, a investigação conseguiu identificar outros três suspeitos diretamente envolvidos no crime. São eles: Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, investigado por participação no transporte das armas; Rafael Marcell Dias Simões, que teria ligação direta com a facção na Baixada Santista; e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masquerano”, apontado como um dos executores que dispararam contra o carro do ex-delegado. Todos tiveram prisão temporária decretada e são considerados peças-chave para a elucidação da emboscada.
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Fontes foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, em cerimônia que reuniu autoridades, colegas de corporação e familiares. O governo estadual reforçou que não medirá esforços para prender todos os envolvidos e desarticular a rede criminosa por trás da execução. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou publicamente que não há dúvidas quanto à participação do PCC no crime.
O caso segue sendo tratado como prioridade absoluta pelas forças de segurança de São Paulo. Uma força-tarefa que integra a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Ministério Público, com apoio do GAECO, está dedicada exclusivamente ao caso. O assassinato de Ruy Ferraz Fontes representa um ataque direto às instituições e intensificou a mobilização do Estado contra o crime organizado.
