Mais de R$ 15 bilhões já migraram para app da carteira digital
Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
Mais de R$ 15,7 bilhões em contratos antigos de empréstimos consignados já foram migrados para a nova plataforma Crédito do Trabalhador, hospedada no aplicativo Carteira de Trabalho Digital. A informação é do secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador, Carlos Augusto Simões Gonçalves. A expectativa do governo é que esse valor alcance R$ 40 bilhões até outubro — e que a migração total seja concluída até novembro, quando o modelo de convênios antigos com empresas será extinto.
Os contratos que estão sendo migrados pertencem a trabalhadores de empresas que tinham convênios com bancos para desconto automático em folha. Esse modelo deixa de existir com a migração. O novo sistema já tem 122 instituições financeiras habilitadas, das quais 64 já operam de fato fazendo empréstimos dentro da nova plataforma.
>> Siga o canal do MÍDIA no WhatsApp
Uma das grandes vantagens do novo modelo é a taxa de juros significativamente menor. Enquanto os empréstimos pessoais convencionais chegam a cobrar cerca de 11% ao mês, o Crédito do Trabalhador apresenta uma taxa média de 3,42% ao mês.
Para participar, o trabalhador autoriza o uso de seus dados (CPF, tempo de empresa, margem de desconto) no app Carteira de Trabalho Digital. Em até 24 horas, instituições financeiras habilitadas enviam propostas de crédito — o trabalhador escolhe a que for melhor. As parcelas continuam sendo descontadas em folha, e é permitido comprometer até 35% da renda mensal para esse tipo de empréstimo.
>> Siga o canal do MÍDIA no Telegram
A migração envolve contratos antigos, mas os termos do novo crédito dão mais transparência e possibilidade de escolha. O governo destaca que isso pode aliviar o custo de empréstimo para muitos trabalhadores que estavam presos a convênios com juros altos. Porém, especialistas alertam que é importante que os trabalhadores comparem as ofertas, entendam bem os prazos, juros, e não caiam em contratos que pareçam muito vantajosos mas escondam condições desfavoráveis. A transição oficial do modelo antigo para o novo é gradual e tem prazo até novembro.
